a indiazinha fez seu caminho através do vidro
auroras e noites escuras,perdição, caminho comprido
ela abandonou seus ancestrais, aldeia e marido
às sete horas de insensatez e luar retorcido
o gentio fechou o olhos, abriu o peito e sorriu
ja não era fevereiro era 16 de abril
verdes vales e veredas, um tufão tropical
violentamente em meu peito explode, mas nunca faz mal
será que estes rios profundos se encontram no final?
está perdido pela selva platina um animal
suspiro febril, cólera, espasmos e ira
seu corpo vai ao rio e a sua mente delira
estranhamente o dia amanhece envolto em bolor
motoristas e motoserras me destróem com rancor
a malária vai matar os homens sob a linha do equador
crescerão urticárias e ervas daninhas no elevador