quarta-feira, 23 de maio de 2007

olho as ruas
e nos meus olhos as pessoas também são as ruas
olho os vazios urbanos, entre um edifício e outro
o sinaleiro mudando de cor, o sol longe, mais longe
olho procurando mais que ver,
olho procurando poesia
já que sentido carece

olho procurando avenidas na contra-mão, nas paredes
supondo um viaduto sem volta, ligando o ser ao céu

2 comentários:

Anônimo disse...

bom. muito bom.

Anônimo disse...

Precisamos passear mais de carro.