quinta-feira, 3 de maio de 2007



Somos a primeira geração a acreditar que é a última
A primeira geração a crer que nada pode ser transfigurado
A geração que não canta, solta fogos e não olha para o céu
A não geração

Olhamos para a cabeça do século sem a curiosidade infantil
Seguindo a moral que ruiu dois séculos antes nas mentes brilhantes ofuscadas pelo brilho mágico das telas imundas da televisão e dos computadores
A geração que não crê nem perscruta

A geração que já conheceu o sexo embalado
As drogas, proibidas
E a arte, envelhecida

Ó aeronaves espaciais, espaço sideral, leve-me
Ó internet, sexo virtual, procriem-me
Cercas elétricas, câmeras de segurança, amparem-me
Ó micro ondas, ondas passageiras, venham me salvar

2 comentários:

O Turista disse...

brilhante!

Anônimo disse...

guri, isso foi muito bom...
legal, não sabia...
clap, clap, clap...