Sou amigo das estrelas desse céu mais azul,
tenho uma constelação junto ao cruzeiro do sul,
tenho os pés na terra, e a terra firme dentro de mim.
Mas inda brota a flor silente, ensangüentada em meu jardim.
O meu sangue é luso-negro, ítalo-guarani.
Minha força é meu apego, vingança, sucuri.
Meus olhos não esquecem a cor da carne dos meus avós.
Mas inda brinco de cantor, poeta, sou guri
miolo mole, cabeça dura de jabuti.
E a cachoeira deságua a mata em meu coração.
Mas persiste um dissonante dilema no ar
quando se encerra o cerrado em cinza, fogo e carvão.
Na arrevoada da garça branca do pantanal:
no entardecer haverão onças e cobras, ou escuridão?
Ou só escuridão?
Ou só escuridão?
Um comentário:
putamerda, eu adoro meus textos, são do caralho, uhuuuulllllll
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