A minha fibra vem do berço:
O vô me deu um
Meu avô morto e enterrado
Na terra ácida e dura do cerrado.
A vó vagando muito e vivendo pouco.
Seu primogênito está ficando louco.
A casa velha foi vendida,
E o dinheiro nos partiu feito um machado.
A herança dividida,
E divididos, cada filho pra um lado.
Do outro lado, meu avô, um fugitivo.
A minha vó, uma guerreira com motivo.
E dona Anita, a matriarca firme e forte,
Nos une a todos, mesmo após a sua morte.
Mulheres fortes, homens de cabeça fraca,
Filhas e netas da bisavó, matriarca.
Não sei bem certo que sangue carrego,
A proporção, se é que sou mistura.
Se sou o peso e a força do machado cego,
Ou a beleza e a inocência da loucura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário