Tenho um medo irreparável de acordar de um sono longo,
Olhar pela janela e ver uma imensa plantação acidental
da tradicional histórica cana de açúcar
Tomando prumo em meu quintal.
Medo do que os médicos têm a dizer
Ao olhar os exames que reluto em fazer.
Medo de me levantar numa manhã sem sol,
Sem o sol que cultivei, que me rega,
Sentir meu rosto, agora hirsuto, minha mão sem calos,
Meu sentir sem gosto, um abismo protuberante.
Despertar como quem sonhou com o paraíso dormindo na sarjeta.
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